22 novembro, 2005

Urinóis procuram-se!!!

Pois é, eu também andava à procura de um, até que por fim, qual D. Sebastião, emergindo duma espessa camada de nevoeiro para ser o salvador de pátria, ele apareceu.
É triste a vida de urinol pensei eu. O pobre, passa a sua incrivelmente longa, vida, preso a uma parede. Não pode saír pra dar uma volta com os amigos lavatórios. Não pode sequer apalpar as gostosas curvas dumas sanitas todas boazonas. Coitado (dou comigo em prantos), como eu te compreendo amigo; mas continuo com as lamechices. Pobre loiça que é, corre o risco de quando o àcido urínico corroer os parafusos que o prendem, escaqueirar-se todo no chão infectado de uma qualquer casa de banho pública. Como se não bastasse ainda lhe enfiam periodicamente umas estranhas bolas brancas pela goela abaixo que lhe provocam uma azia enorme (depois deste texto estar concluído os nossos investigadores vieram a descobrir tratarem-se de bolas de naftalina), além de terem um paladar horrível. Diz um certo ditado português que "uma desgraça nunca vem só", e diz outro dito pt que "não há duas sem três", também há aquele que diz que "Não há Bela sem Senão (que raio de nome haviam de dar ao marido da Bela?!!??)", e não podemos esquecer essa pérola da sabedoria popular que diz "Os cães ladram e a caravana passa (este deve ter sido inspirado em filmes de cábóis)", e desculpem-me os incultos mas "grão a grão enche a galinha o papo", pois com o uninól, esse herói, por tantos esquecido, acontece ainda algo pior que tudo até aqui retratado; a maior das desgraças que a peça atura, ainda é aquele liquído amarelado, cuja composição é tantas vezes à base de àlcool, sim é mesmo do MIJO que estamos a falar. Confesso que sou adepto de que os segredos íntimos de uma pessoa se não forem partilhados não têm piada nenhuma, mas caramba, não era preciso partilhá-los desta forma. Não admira que tantas vezes quando um gajo tá mesmo à rasquinha pa'mijarie se veja ainda mais à rasca pa encontrar um destes desgraçados e maltratados urinóis; é por essas e por outras que depois a malta acaba a mijar em qualquer esquina, tipo cão. Bolas pah não havia necessidade.
Bem esta conversa toda tá mesmo a dar-me uma vontade de... de... de... de... ir beber uma cervejinha, para ver se tenho desculpa para ir ter com o meu amigo de sempre o Urinol. Afinal ele é aquele a quem todos acabamos, mais cedo ou mais tarde, por mostrar o nosso distinto e roliço membro.

VIVAM os URINÓIS ... ABAIXO as Bolas da Natalina ups desculpem Bolas de Naftalina...

15 novembro, 2005

Era Uma Vez na Cova da Piedade

Antes de mais nada quero dizer que este não será um post mordaz ou satírico, será até muito sério.
Proponho-me (e isto é de facto novidade), elaborar em torno dos componentes do título em epígrafe.
Posto isto, comecemos: "Era uma vez...", esta é das mais absurdas introduções que a humanidade poderia ter criado para iniciar um conto. Porque não eram duas vezes, ou três vezes??? Acho absurdamente pequeno o conceito de uma vez, pois todos sabem que sempre foi mais que uma vez.
Há coisas que profundamente me intrigam, como por exemplo, qual será a cor das cuecas deste Papa, sim, porque do outro todos sabemos que eram castanhas e de marca - Dodot.
Uma das dúvidas que me assola enquanto escrevo este texto é, porque é que o estás a ler? Não tens nada mais interessante para fazer, como por exemplo, espremer borbulhas e pontos negros ao Mário Soares(?).
Voltando ao "Era uma vez... " se era quer dizer que já não é, então porque dizê-lo? E ainda mais profundo porque é que o que era era uma vez ?? Porque será que o que era não era antes uma soma ou uma subtracção? (Foi seca esta, eu sei, mas é para castigar todos os que estão a ler este post)
E que dizer da "...Cova da Piedade"? Porque razão se fala da cova e não de qualquer outra parte? E porque se chama cova, quando outros nomes mais dignos lhe podem ser atribuídos? (Neste momento, entrou em acção o meu sensor de conteúdos, lembrando-me que, por imposições legais não me é permitido induzir as débeis mentes dos meus leitores para alusões devassas, profanas ou de baixo nível do género Cine 222 ou Politeama). Acedo a contragosto. De facto a palavra cova pode estar a referir-se à cova que a pobre da senhora tem num dos mais húmidos locais do corpo humano, num dente, que como todos sabem se situam na boca. Pode pois ter ficado na história deste portuguesismo triste, a recordação da desdita da dona Piedade, que sofreu lancinante e agonizantemente as dores provocadas pela referida cova no seu dente.
Mas permito-me ainda uma outra interpretação. Não seria a senhora em causa uma perigosa dona de casa, que, quando confrontada com a infidelidade do seu esposo, se muniu desse perigoso objecto conhecido como "Colher de Pau" , e no quintal de sua casa de aproximadamente 1,5 mt2, cavou (as covas aparecem assim) aquele que viria a ser o leito de seu marido o qual ao chegar a casa depois de ver o seu benfica descer de divisão (para as distritais, já falta pouco), se deparou com um OVNI*, que violentamente o atingiu na moleira e de pronto lha reabriu. Podemos imaginar muitos anos mais a dona berta a barafustar com seu marido jaquim, depois de este ter aparecido em casa a cheirar a perfume da loja dos trezentos, "olha lá manel (ele era jaquim manel e quando a berta se passava chamava-lhe manel que ele não gostava nada), se não te portas bem mando-te para a cova, e olha que não é uma qualquer, é a da Piedade, que já está aberta". Foi assim que surgiu este vox-pop**. Escusado será dizer que, com o passar dos anos as pessoas mais esclarecidas*** começaram a acorrer ao local em jeito de peregrinação (para ver se o jaquim manel lá fora parar ou não), e de pronto apareceram uns estranhos lojistas de olhos em bico a venderem miniaturas. E foi assim que se estabeleceram os primeiros colonos, nessa que viria a ser conhecida nos nossos dias, como a pérola da margem sul - A Cova da Piedade.

Gostava de dizer que na elaboração deste post não foram molestados ou maltratados nenhum dos animais nele interveniente. Também todos os nomes aqui referidos são a mais pura das verdades e não há sequer ponta de ficção. Qualquer semelhança entre os fatos aqui apresentados e a realidade é pura verdade.

*Os ufologistas viriam anos mais tarde a identificar este Objecto Voador Não Identificado, com algo semelhante a uma frigideira (sem asas), impregnada de uma gordura de tal maneira tóxica, que, os primeiros que a encontraram, morreram de imediato (podia ter sido de uma causa conhecida, ou uma doença já diagnosticada, mas foi mesmo disso que morreram; de imediato - A medicina continua à procura da vacina, e ou da cura para este mal, sendo de felicitar que para a gordura já descobriram o Fairy).

**"vox-pop" para os mais incultos (ou estúpidos para ser simpático convosco), significa, não um novo tipo de música com um nome estúpido, mas sim "voz do povo" ou "frase-feita" ou ainda "lugar comum" ou pode também não significar nada disto e simplesmente querer dizer "o raio que vos parta"

*** Esclarecidos, são todos aquelea que nas eleições autárquicas votaram na Fátima Felgueiras, no Valentim Loureiro, no Isaltino Morais, e que nas próximas, vão votar no Alzeimer, ops desculpem a gafe, no Parkinson, ups isto tá mau, eu queria dizer no Mário Soares.