06 dezembro, 2005

Ké Istooooo????

Por momentos hesitei, não sabia bem o que era aquilo. Os meus sentidos eram incapazes de trazer ao meu cérebro algum tipo de informação credível quanto ao que se me deparava. Não pude crer no tormentoso espectáculo que diante de mim decorria. Fiquei estupefacto. Estarrecido. De admiração e espanto os meus sensores neurológicos deixaram de funcionar. A vontade de reagir fugiu. Usando um lugar comum, o sangue fugiu-me. Usando outro, caiu-me tudo ao chão. Eis senão quando, devido ao que me caiu ao chão, levei uma bofetada pois tinha partido a louça, e gradualmente comecei a despertar do sono letárgico no qual havia sido submergido. Foi então que a adrenalina entrou na minha debilitada e fraca, circulação sanguínea, os seus efeitos foram de facto revigorantes. Pude então fazer de novo uso dos meus sentidos, foi só a partir daí que me apercebi de que o que estava diante de mim era apenas uma miragem, aquilo não podia ser real, muito menos verdadeiro, era inconcebível. Como era possível que alguma mente pudesse ter se lembrado daquilo. Confesso-me incapaz de tal desiderato, para tanto me faz ups ERRO FATAL O WINDOWS SERÁ ENCERRADO .... .... .... Ok já cá estou, desculpem o windows crashou, é eu inadvertidamente, fiquei contaminado pelo pérfido vírus (não informático)que assola a nossa geração.
Sim é verdade o horror que me fez ficar, daquela forma descrita acima e que passarei a repetir; "Por momentos hesitei, não sabia bem o que era aquilo. Os meus sentidos eram incapazes de trazer ao meu cérebro algum tipo de informação credível..." (ok vou ter pena de vós leiam mais acima se faz favor); continuando, o que me deixou assim, foi de facto esse aglomerado de borbulhas, disfarçado por quilogramas de produtos feitos de excrementos de uma espécie rara de morcegos, que vivem numa gruta invertida pendurada numa escarpa, numa qualquer ilhota da Indonésia, com um nome, pomposo estrangeirado, que ficaria lindo numa prima qualquer (primas são as filhas das TIAAAS <-- Ler esta palavra com entoação de Cinha Jardim), sendo a sua graça Acne, mas o problema é que todo esse acne, acompanhado de exuberantes argolas coloridas, e mais umas quantas pinturas tribais, pelo meio das quais se vislumbravam uns umbigos a fazer lembrar coisas esquisitas, estava a entoar uns cânticos espantosamente estéreis e estupidificantes, completamente ocos, nos quais diziam "Pra muim tântu me fax, que duigas coijas (ECRÃ AZUL LETRAS BRANCAS: ERRO FATAL O WINDOWS SERÁ ENCERRADO POIS SÓ PODE SER USADO PARA INTRODUÇÃO DE TEXTO QUE REFLITA UM Q. I. SUPERIOR AO DE UM HAMSTER)... ... ... ... Oi voltei, tive que reiniciar o PC (não não é o partido comunista, ainda que esses também precisavam de ser reiniciados, é o computador) e não pude reclamar senão a Micro_vocês_sabem_o_resto processava-me. Mas então, estava eu a contar, tive um encontro imediato do 999991236587941º grau elevado à 80ª potência, com um eufórico grupo de perturbadas mentais que ainda por cima eram todas surdas, fãs de dois dos maiores esteios da música contemporânea made in pt, um destes já perceberam são aquele grupo de rapazes molestados por molas da roupa e ganchos do cabelo, viciados em cabides (para os do norte são cruzetas) e cadeados, que deram ao seu grupo um nome incompleto coitados se calhar não lhes ensinaram inglês suficiente para saberem escrever sobremesa, todos sabemos que é: over the table ou mais americanizado on top of the table.
O outro esteo de quem eram fãs já não me lembro, mas o meu gosto diz-me que deviam ser fãs da Carmen Miranda.
Enfim este desabafo faz-me sentir melhor, e já tenho coragem para saír da casa de banho cá de casa. Obrigado a todos por partilharem comigo deste meu mau momento. Guardar-vos-ei para sempre no meu albúm de fotografias.

22 novembro, 2005

Urinóis procuram-se!!!

Pois é, eu também andava à procura de um, até que por fim, qual D. Sebastião, emergindo duma espessa camada de nevoeiro para ser o salvador de pátria, ele apareceu.
É triste a vida de urinol pensei eu. O pobre, passa a sua incrivelmente longa, vida, preso a uma parede. Não pode saír pra dar uma volta com os amigos lavatórios. Não pode sequer apalpar as gostosas curvas dumas sanitas todas boazonas. Coitado (dou comigo em prantos), como eu te compreendo amigo; mas continuo com as lamechices. Pobre loiça que é, corre o risco de quando o àcido urínico corroer os parafusos que o prendem, escaqueirar-se todo no chão infectado de uma qualquer casa de banho pública. Como se não bastasse ainda lhe enfiam periodicamente umas estranhas bolas brancas pela goela abaixo que lhe provocam uma azia enorme (depois deste texto estar concluído os nossos investigadores vieram a descobrir tratarem-se de bolas de naftalina), além de terem um paladar horrível. Diz um certo ditado português que "uma desgraça nunca vem só", e diz outro dito pt que "não há duas sem três", também há aquele que diz que "Não há Bela sem Senão (que raio de nome haviam de dar ao marido da Bela?!!??)", e não podemos esquecer essa pérola da sabedoria popular que diz "Os cães ladram e a caravana passa (este deve ter sido inspirado em filmes de cábóis)", e desculpem-me os incultos mas "grão a grão enche a galinha o papo", pois com o uninól, esse herói, por tantos esquecido, acontece ainda algo pior que tudo até aqui retratado; a maior das desgraças que a peça atura, ainda é aquele liquído amarelado, cuja composição é tantas vezes à base de àlcool, sim é mesmo do MIJO que estamos a falar. Confesso que sou adepto de que os segredos íntimos de uma pessoa se não forem partilhados não têm piada nenhuma, mas caramba, não era preciso partilhá-los desta forma. Não admira que tantas vezes quando um gajo tá mesmo à rasquinha pa'mijarie se veja ainda mais à rasca pa encontrar um destes desgraçados e maltratados urinóis; é por essas e por outras que depois a malta acaba a mijar em qualquer esquina, tipo cão. Bolas pah não havia necessidade.
Bem esta conversa toda tá mesmo a dar-me uma vontade de... de... de... de... ir beber uma cervejinha, para ver se tenho desculpa para ir ter com o meu amigo de sempre o Urinol. Afinal ele é aquele a quem todos acabamos, mais cedo ou mais tarde, por mostrar o nosso distinto e roliço membro.

VIVAM os URINÓIS ... ABAIXO as Bolas da Natalina ups desculpem Bolas de Naftalina...

15 novembro, 2005

Era Uma Vez na Cova da Piedade

Antes de mais nada quero dizer que este não será um post mordaz ou satírico, será até muito sério.
Proponho-me (e isto é de facto novidade), elaborar em torno dos componentes do título em epígrafe.
Posto isto, comecemos: "Era uma vez...", esta é das mais absurdas introduções que a humanidade poderia ter criado para iniciar um conto. Porque não eram duas vezes, ou três vezes??? Acho absurdamente pequeno o conceito de uma vez, pois todos sabem que sempre foi mais que uma vez.
Há coisas que profundamente me intrigam, como por exemplo, qual será a cor das cuecas deste Papa, sim, porque do outro todos sabemos que eram castanhas e de marca - Dodot.
Uma das dúvidas que me assola enquanto escrevo este texto é, porque é que o estás a ler? Não tens nada mais interessante para fazer, como por exemplo, espremer borbulhas e pontos negros ao Mário Soares(?).
Voltando ao "Era uma vez... " se era quer dizer que já não é, então porque dizê-lo? E ainda mais profundo porque é que o que era era uma vez ?? Porque será que o que era não era antes uma soma ou uma subtracção? (Foi seca esta, eu sei, mas é para castigar todos os que estão a ler este post)
E que dizer da "...Cova da Piedade"? Porque razão se fala da cova e não de qualquer outra parte? E porque se chama cova, quando outros nomes mais dignos lhe podem ser atribuídos? (Neste momento, entrou em acção o meu sensor de conteúdos, lembrando-me que, por imposições legais não me é permitido induzir as débeis mentes dos meus leitores para alusões devassas, profanas ou de baixo nível do género Cine 222 ou Politeama). Acedo a contragosto. De facto a palavra cova pode estar a referir-se à cova que a pobre da senhora tem num dos mais húmidos locais do corpo humano, num dente, que como todos sabem se situam na boca. Pode pois ter ficado na história deste portuguesismo triste, a recordação da desdita da dona Piedade, que sofreu lancinante e agonizantemente as dores provocadas pela referida cova no seu dente.
Mas permito-me ainda uma outra interpretação. Não seria a senhora em causa uma perigosa dona de casa, que, quando confrontada com a infidelidade do seu esposo, se muniu desse perigoso objecto conhecido como "Colher de Pau" , e no quintal de sua casa de aproximadamente 1,5 mt2, cavou (as covas aparecem assim) aquele que viria a ser o leito de seu marido o qual ao chegar a casa depois de ver o seu benfica descer de divisão (para as distritais, já falta pouco), se deparou com um OVNI*, que violentamente o atingiu na moleira e de pronto lha reabriu. Podemos imaginar muitos anos mais a dona berta a barafustar com seu marido jaquim, depois de este ter aparecido em casa a cheirar a perfume da loja dos trezentos, "olha lá manel (ele era jaquim manel e quando a berta se passava chamava-lhe manel que ele não gostava nada), se não te portas bem mando-te para a cova, e olha que não é uma qualquer, é a da Piedade, que já está aberta". Foi assim que surgiu este vox-pop**. Escusado será dizer que, com o passar dos anos as pessoas mais esclarecidas*** começaram a acorrer ao local em jeito de peregrinação (para ver se o jaquim manel lá fora parar ou não), e de pronto apareceram uns estranhos lojistas de olhos em bico a venderem miniaturas. E foi assim que se estabeleceram os primeiros colonos, nessa que viria a ser conhecida nos nossos dias, como a pérola da margem sul - A Cova da Piedade.

Gostava de dizer que na elaboração deste post não foram molestados ou maltratados nenhum dos animais nele interveniente. Também todos os nomes aqui referidos são a mais pura das verdades e não há sequer ponta de ficção. Qualquer semelhança entre os fatos aqui apresentados e a realidade é pura verdade.

*Os ufologistas viriam anos mais tarde a identificar este Objecto Voador Não Identificado, com algo semelhante a uma frigideira (sem asas), impregnada de uma gordura de tal maneira tóxica, que, os primeiros que a encontraram, morreram de imediato (podia ter sido de uma causa conhecida, ou uma doença já diagnosticada, mas foi mesmo disso que morreram; de imediato - A medicina continua à procura da vacina, e ou da cura para este mal, sendo de felicitar que para a gordura já descobriram o Fairy).

**"vox-pop" para os mais incultos (ou estúpidos para ser simpático convosco), significa, não um novo tipo de música com um nome estúpido, mas sim "voz do povo" ou "frase-feita" ou ainda "lugar comum" ou pode também não significar nada disto e simplesmente querer dizer "o raio que vos parta"

*** Esclarecidos, são todos aquelea que nas eleições autárquicas votaram na Fátima Felgueiras, no Valentim Loureiro, no Isaltino Morais, e que nas próximas, vão votar no Alzeimer, ops desculpem a gafe, no Parkinson, ups isto tá mau, eu queria dizer no Mário Soares.

17 outubro, 2005

Não sei, nem te interessa!

Pois, só quero dizer que tá mal! - Pronto já disse.
Certo dia passeava eu o meu cão quando vejo passar um CD-r (de marca rasca), que por sinal (mas porquê 'sinal'???, e não verruga, ou borbulha ou...pele morta...) ia dentro de um auto-rádio que frenética e violentamente o forçava a girar, ofuscando-o com um intenso raio de luz, e por meio de tal tortura extraía ao pobre disco vibrantes e altíssimos sons. Como podem imaginar esses aflitivos sons eram depois amplificados por potentíssimo amplificador low-fi (também os há hi-fi mas não era o caso), daqueles que nos custam uma fortuna na feira da Praça de Espanha. Mas atenção custam uma fortuna, não por culpa do feirante, que vende aparelhos de renomadas marcas, tais como, watson, furason, levson, aldrason e outras acabadas em son porque são todas filhas (son = filho em inglês) do mesmo pai. Então de quem é a culpa do dito amplificador custar uma fortuna ??? É nossa pois claro, porque não devíamos levar um único euro para um lugar em que os carteiristas são mais que as carteiras. Desculpem-me esses nobres e honrados profissionais do aproveitamento e reciclagem dos bens alheios.
Voltando ao nosso amigo CD-r de marca rasca, viajava então o coitado a bordo daquele bólide, esse que é um verdadeiro ícone da velocidade, um desafiador de adrenalina, esse portento da engenharia automóvel, um fantástico suporte de tunning, aquele que viria a ser conhecido entre os amigos mais intímos como - 'dois-cavalos'. Ao volante seguia uma estranha criatura, de tez acastanhada, a parte superior era constituída de um objecto de pano, do qual brotava uma saliencia rígida, balançava ao ritmo do som, munido que estava de uns objectos metálicos nos dedos...

até à próxima

10 outubro, 2005

Queijo fresco ou uma ida ao dentista?

É de facto dificil escolher. Um dia ouvi a parábola do camaleão (é engraçada a decomposição desta palavra, 'cama' + 'leão' dá que pensar... e muito), e era assim: "Não sei se vá se fique, não sei se fique se vá, se fico aqui, não vou ali, se vou ali, não fico aqui." Não sei se já repararam que este pobre animal tem uma espécie de tique que o leva a balançar ora para a frente, ora para trás. Fico invadido de um profundo sentimento de pesar, para com este ser vivo. MAS, eis senão quando o despertador toca e acordo para o mundo real, este mundo onde existem queijos frescos e dentistas.
Esta é a verdadeira luta pela sobrevivência da espécie, as escolhas entre as coisas igualmente boas, e este é o caso, ou seja, é tão bom ir ao dentista como comer queijo fresco.
Deparo-me com este intrigante dilema, nem mesmo homens brilhantes, possuidores de uma inteligência acima da média (da média de qualquer lesma), foram capazes de dar uma resposta cabal, sim já devem ter adivinhado refiro-me ao Eusébio. Porém a dúvida persiste. O que é afinal o queijo senão um pouco de leite estragado, inundado de toda a espécia de bactéria de apodrecimento que actua na decomposição de qualquer organismo vivo. Lembro-me do 'lilo' (foi a minha mão direita que sózinha escolheu o nome), vocês não o conhecem mas ele era uma bactéria macho que parava ali para os lados da Guarda, uma vez contou-me (em confissão) que entre um cão atropelado e um coalho de leite, lhe era muito mais grata a tarefa de decompôr o cão, pois não corria o risco de ir parar ao intestino de um qualquer humano. - Como já repararam hoje estou deprimido, por isso estou a partilhar os mais interessantes dos meus segredos. A razão para tanta agonia é que ontem foi dia de eleições autárquicas, e o meu querido partido não ganhou nada, isso leva-me a pensar mudar o nome do nosso partido de qwertyuiopçlkjhgfdsa.mnbvcxz.com.br para BE, mas disseram-me agora que já existe uma doença com esse nome. Assim como alternativa vou para a prostituição.- Pronto, quanto ao queijo fresco de certeza que já perceberam o que quero dizer, sempre que comerem um tenham cuidado de não morder o 'lilo', afinal ele é meu amigo.
Por falar em amigo, recordo-me desse, que é o melhor amigo do homem, o dentista. Munido de instrumentos ruidosos e tremeluzentes está sempre pronto a ajudar o homem a morder melhor. Convenhamos que sem dúvida deve ser uma profissão de alto risco. Colocar os dedos , a ponta do nariz e por vezes parte da córnea dentro da boca de uma pessoa cheia de vontade de a fechar, é muito arriscado (gostava de lembrar que uma boca humana pode produzir uma força de aperto de cerca de 2 toneladas*). Noutro dia passei pela zona da expo no final da tarde , já estava escuro , senti um raio de luz vir da minha direita, eram as luzes de um consultório de dentista. A doutora estava debruçada dentro da bocarra de um desgraçado ser vivo que freneticamente apertava e esfregava os braços da cadeira onde estava sentado, retorcia-se o pobre ser, seus olhos, lançavam raios de ódio os quais rápidamente eram aproveitados por um aparelho que os transformava em luz, luz essa, que a dentista usava para continuar a sua investida naquela caverna de restos e habitantes. Bocados de um material acastanhado saltavam de dentro do orificio para onde a 'dôtoura' se empoleirava, a cadeira gemia sufocada pelo peso e pelos apertos do paciente (que já não tinha paciência nenhuma), um zunido persistente soava pela sala e ouvia-se cá fora, um cheiro nauseabundo exalava do orificio. Sim, porque, escândalo dos escândalos, este transeunte que vos saúda com esta obra literária, se encontrava na rua, as paredes do consultório eram de vidro de alto a baixo, as persianas estavam abertas, as luzes estavam acesas e cá fora era de noite e estávamos ao nível do chão. Parecia um stand de vendas de automóveis cheio de atracções. Fiquei por ali apreciei o espectáculo e nem tive que pagar. O paciente levantou-se finalmente do seu matírio, com uns pedaços a menos, uma cara horrível, parecia que tinha ido ao dentista, e ainda pude ver 4 notas de 20 euros migrarem da sua carteira para a da transpirada 'dôtoura'. Coitada aquilo custou que se fartou e o desgraçado ainda era ingrato... pelo menos era isso que os seus odiosos olhos transmitiam.

Pois então, acho que vou chamar o meu amigo 'lilo' e vamos os dois ao dentista. Pode ser que ele assim pague para eu assistir a mais um espeactáculo... Que achei uma verdadeira violação de privacidade.

*(peço desculpa pela mentira mas se não duas é uma ou mais)

Depois deste emocionante momento de partilha quero pedir desculpa ao 'lilo' por tê-lo citado pelo seu nome próprio. Lilo, desculpa tá? Pronto a sinceridade é uma virtude.

03 outubro, 2005

Festa de anos ou perú depenado??

Não há outra maneira de o dizer: Parabéns!
'Parabenizo' (brasileirismo) todos os idiotas que até ao dia de hoje continuam a ter esperança de .... 'Parabenizo' todos os heróis esquecidos, e lembrados, que frequentemente deixam as meias desarrumadas depois de, a muito custo as usarem durante três meses e meio ... 'Parabenizo' todas as donas de casa, que dia após dia lutam desenfreadamente com os pelos, que emergem dos sovacos, adquirindo espontâneamente aromas "cebolados", produzidos pelas glândulas sudoríparas ... 'Parabenizo' esse esteio da música contemporânea, uma lenda viva, repleto de imaginação e espontaneidade, possuidor de uma lendária sensualidade, um verdadeiro macho latino, um ícone da cultura, uma marca perpétua da ocidentalidade, um verdadeiro produtor de êxtase nos cérebros (e não só), de muitas senhoras (e não só), uam autêntica máquina de fazer sucesso, um pólo de atracção para todos os desiludidos com a vida, e um pólo de afastamento para todos os possuídores de mais de um neurónio ... 'Parabenizo' os condutores de gado cuja memória foi imortalizada pelos famosos heróis do velho oeste, os "cábóis" ou em português os rapazes-vaca, uma espécie antiga de super-heróis, nos quais, os criadores do homem-esfregona e do homem-tosta e do homem-ranho e do homem-barata (este tinha de problemas com a sua própria identidade) e até do homem-aranha, se viriam a inspirar... Não tenho palavras para descrever o sentimento que me invade a alma, quando penso naquele pobre ser vivo a que chamamos perú. São dois os momentos de grande pesar na vida do pobre animal, passo a citar:
O primeiro momento está relacionado com o desporto-rei, o futebol, no meio de aplausos e gritos eufóricos, 22 jogadores perseguem estúpidamente um esférico aborrachado o qual tentam desesperadamente introduzir num minúsculo orificio de 7 mts de largura por 2 mts e tal de altura (diga-se que é uma tarefa dificílima), enquanto isso nas bancadas o populacho emborca imperiais servidas em copos de plástico e aproveita para se familiarizar com o àrbitro chamando-lhe nomes com os quais se identificam em termos familiares (entre toda a fauna do planeta este estranho comportamento só acontece nos humanos, não há ainda explicação para este fenómeno). Mas, e o perú? Pois o pobre animal é também chamado ao jogo nos momentos de maior "frisson", ou seja quando o guarda-redes decide ir tomar uma 'bejeca' ao bar em pleno jogo, é aí que o populacho decide chamar o pobre animal com vistas à sua execução em plena praça pública. É duro ser perú nos dias de hoje, que culpa tem a pobre criatura? Sóse for pelos estranhos e guturais sons que profere.
O outro momento de tortura do pobre perú é por alturas do natal quando é suposto haver paz e boa vontade. Numa malvada acção de tortura o desesperado animal é convidado a apanhar a maior buba da sua curta vida, quando todos os seus poros exalam já o aroma da aguardente feita a martelo na tasca da esquina, onde pára um ou dois frascos ambulantes de orgãos em conserva, quando os olhos do bicho mudam de côr e o mundo acelera rodopiando a uma velocidade vertiginosa, é nesse momento da maior das curtes alguma vez experienciada por uma ave, que um vil, luzidio e contundente objecto entra em cena, é na bebedeira que o peru irá experimentar a última viagem, a cabeça rumo ao caixote do lixo e o resto corpo rumo ao forno.

'Parabenizo' todos os idiotas que leram isto até ao fim, eu tentei ler para corrigir erros e não fui capaz, e tu? Foste?

30 setembro, 2005

Era uma vez uma chávena de café!

Como toda a gente sabe hoje é dia de luto nacional. Salvo uma rara excepção (acerca da qual teceremos algumas ideias mais à frente), todas as equipas portuguesas presentes em competições europeias, conseguiram o prodigioso feito de perder com adversários claramente inferiores.
Pronto já disse o que tinha a dizer.
Quanto aos portadores daquele emblema nortenho que ostenta o nome do Orgulho Nacional (uma bolacha já ia, afinal o que é Nacional é bom), o Vitória de Guimarães, de facto honrou a nossa História; estou mesmo a imaginar a Sô dôna (é assim que se diz) Teresa, em meio a uma dentada numa mega perna de perú, ainda com pontas de penas agarradas, a dizer aos seus companheiros comensais: "estais a bêr? é axim que se dá purrada nos gajuses, us meuxz meninus xão um zzxpetáclo", do outro lado da mesa encontra-se um mastodonte, uma enormidade de homem, bêbado que nem uma pipa de wisky, vociferando um som gutural, para muitos era um rugido, som esse a que séculos mais tarde viríamos a chamar de 'arroto', voltando-se para os seus fedorentos amigos dizia: "o raio da velha não percebe nada de bola tá pr'ali a mandar postas de creolina, vou ter que lhe dar porrada outra vez.". Eis senão quando, irrompe pelo salão a dentro um marroquino, montado num camelo chamando nomes horrendos à velha dona Teresa; neste meio tempo o autor desta crónica parou para pensar, diante de seus olhos podia ver uma mulher, com um penteado em forma de chifres, seu cabelo enrolado em duas protuberâncias que se erguiam do seu caspento couro cabeludo, a sua face apresentava uns tons estranhos e não naturais, também as proporções da mesma eram informes e desajustadas num tom azulado. Numa de suas mãos ostentava uma brutal perna de perú que a todo o custo tentava abocanhar com os únicos dois negros dentes que ainda tinha, na outra mão, dois brutais troncos de pinheiro amarrados ao seu braço tentavam desesperadamente segurar os ossos partidos por um tal de Afonso num de seus muitos acessos de raiva. Voltando ao mundo real ali estava o marroquino, munido de um colete com saliencias pontiagudas, algo parecido com facas, untadas com um poderoso picante feito de umas malaguetas especilmente cultivadas para o efeito.
Bramando sons inintelígiveis começados por 'Al' dirigia a sua montada na direcção da coitada da senhora, impedido pelas mesas e pelos degraus existentes no salão, e aproveitando para olhar para o teletexto na televisão procurando saber os números do euro-milhões, viu-se na necessidade de desmontar e continuar a sua alucinada missão de se 'espetar' na senhora e assim alcançar o paraíso como recompensa pela sua entrega à causa moura. Dando encontrões nos plebeus empregados de mesa, parando no aquário dos mariscos para encomendar uma sapateira, e depois de beber uma imperial e comer um pires de tremoços no balcão, lá chegou junto da senhora. Os sons 'Al' continuaram e com um esgar, mesclado com um sorriso, preparava-se para dar um mortal por cima da mesa, indo caír mesmo no colo da senhora, para uma vez confortávelmente instalado na sua mortífera posição, desferir então fatal o abraço. Eis senão quando uma gigantesca mão o levanta do chão, pegando-lhe pelo pescoço, por entre dois rugidos (arrotos), muitos 'perdigotos' e restos de carne cuspidos à velocidade do som, os quais viriam a alojar-se na epiderme do pobre bárbaro, provocando-lhe assim aquele efeito 'acne' para o resto da vida, com a agravante de passar a ter mau hálito quer do lado de dentro quer, do lado de fora da boca, puderam perceber-se algumas palavras: "... olha lá oh estúpido, em primeiro lugar não penses que te safas assim sem pagar a imperial..." Quem era a besta? -> 1º Nome: Afonso, 2º Nome: Baltasar, 3º Nome: Jesuíno (influencias do sul), 4º Nome: Maria (??), 5º Nome: De, Apelido: Henriques (com um nome destes até eu batia na minha mãe), mais tarde por uma questão de patriotismo viríamos a referi-lo apenas por Afonso Henriques (já ouviram falar?). "... e em segundo lugar, deixaste o camelo mal estacionado, e em terceiro, aqui quem bate na velha sou eu".

Depois de pagar a conta e arrumar o camelo, o beduíno levou tamanha trepa, que ainda hoje está inchado e à procura de algumas peças, o pior de tudo é que nenhum grupo o aceita, e nem no paraíso as virgens o querem, pobre rapaz...

E assim se passou mais uma jornada europeia, para desgosto nacional e gozo do resto do mundo (inclusivé do beduíno).

A propósito, já tomava aquele cafézinho....


UM PEDIDO DE DESCULPAS:
Peço perdão a todos os que leram isto, pois causa danos cerebrais irreversíveis.

Espero que voltem...